As aplicações em renda fixa, apesar do nome, têm retorno “móvel”. Os títulos do Tesouro Direto não fogem à regra. Seu valor está sujeito às variações da taxa de juros da economia (Selic) no presente e no futuro. Então, quem tinha títulos do Tesouro antes do início da sequência de queda dos juros, em 2016, observou uma valorização na rentabilidade. Isso aconteceu porque esses títulos pagavam uma rentabilidade maior no vencimento.
Com a possibilidade de aumento da Selic, títulos comprados quando a taxa de juros estava em seu menor nível tendem a desvalorizar. É necessário cuidado na compra de títulos prefixados, que são aqueles que informam agora ao investidor quanto ele vai receber se esperar o vencimento.
Eles são os que tem mais variações no valor diário. A escolha de títulos e a troca deles de prazos longos para curtos (e vice-versa), requer conhecimento do mercado de juros. Além disso, é importante diversificar os títulos, para diminuir os riscos de rentabilidade negativa, caso os cenários à frente não se confirmem. Enfim, é necessário executar uma gestão profissional e é dessa maneira que os fundos de investimentos trabalham.
2020 mostrou que mesmo os títulos pós-fixados, também conservadores, como Tesouro Selic podem sofrer com oscilações de mercado provocadas por mudanças na percepção de como estarão os juros no futuro. Nesse sentido, o raciocínio na hora de negociar os títulos públicos acaba sendo o mesmo de renda variável: pode ser difícil acertar o melhor momento de compra e de venda deles.
Para não depender apenas desses movimentos, é necessário diversificar a carteira, com títulos de empresas e diversos setores da economia, como fazem os fundos de investimentos. Assim, é maior a chance de obter um desempenho melhor no longo prazo e de proteger o seu dinheiro da inflação, que voltou a posar de vilã. Com gestão profissional e planejamento fiduciário, é possível atingir os objetivos financeiros e dedicar mais tempo às áreas mais importantes da sua vida.
Conteúdo por: InvestNews