Conselhos de Robô Versus Conselhos de Gente

12 de dezembro de 2017 | Imprensa

Imagem - Fiduc

O que queremos dizer com isso? A tecnologia estaria fazendo tudo ou a tecnologia está dando as respostas ao consultor? Seja como for, estamos nos referindo à tomada de controle pela tecnologia.

Existirá uma polarização entre conselhos comandados por robôs de um lado e do outro lado conselhos baseados em experiências profissionais pessoais por pessoas altamente qualificadas. O que vai ser empurrado, quase todas as vezes, serão conselhos quasi pessoais: leia-se você vai falar com uma pessoa que você não conhece, e sempre será uma pessoa diferente, suas ações serão geradas e geridas quase que por totalidade por um sistema de computador que permite que os conselhos sejam guiados pelos interesses da companhia, que não sabem nada sobre você ou detalhes da sua relação financeira com eles.

As pessoas estão felizes com transações online onde você faz um pagamento e recebe um produto de volta. Quando você investe, você não “compra” nada, ainda é dinheiro – você só está cuidando dele para mim – Eu quero saber quem está com o meu dinheiro! É diferente.

Mesmo que você acredite que o conselho gerado por um robô faz sentido, existe outro jeito de enxergar a coisa. Vamos supor que 70% do mercado vai nesta direção – ainda sobra mais do que o suficiente de clientes em potencial para você!

Portanto, como um consultor, é meu desejo acreditar que ou você fica parado ou move seu negócio em direção à relação pessoal. O sucesso vai vir do consultor que entender que o seu maior asset é seu cliente.

Sem clientes você não tem nada. O que eles podem fazer?

Deixar o dinheiro deles sobre seu cuidado – e você trabalhou bastante para conseguir isso, não os perca; Colocar mais dinheiro deles sobre seu cuidado; Te apresentar para novos clientes em potencial; Recomendar você para pessoas; Planejamento inter-geracional.

Mostre a eles que você se importa – mantenha contato, particularmente em momentos difíceis. Todo consultor liga pro cliente quando ele teve um ganho de 10%, apenas os bons ligam quando ele teve uma perda. Invista em seus clientes, esteja preparado para dar.

Agradeça eles, regularmente. Faça o que você disse que iria fazer. Faça no tempo proposto. Seja o que for, faça bem. Esteja preparado para “dar” mais do que apenas olhar o ganho em curto prazo. Diga por favor e obrigado. Se desculpe e resolva os problemas quando eles acontecerem.

E ligado a isso está o planejamento cuidadoso sobre quantos clientes você é capaz de administrar. Pense cuidadosamente sobre isso.

Qual o melhor “lar” para o meu negócio?

Para mim essa questão se assemelha muito ao meu último tópico. Porque as pessoas têm relações com pessoas e não com entidades. Você precisa trabalhar em um ambiente que entenda isso. Mas o mundo está ficando cada vez mais complexo, então você também precisa de ajuda e um suporte que permita a você focar no que faz bem. Eu também penso que os clientes vão focar primordialmente em você, eles podem ganhar conforto e segurança em saber que uma entidade maior está por trás de você.

A empresa que trabalhei na Inglaterra entendia isso. Se você não era um consultor seu papel era o de apoiar a atividade dos consultores financeiros.

Você também precisa operar em um ambiente onde os objetivos genuinamente trabalham em harmonia com seus objetivos pessoais. Você e seus futuros/sucessos são mutuamente compatíveis? Encontre um ambiente que entenda o valor do consultor – é fácil dizer, mas veja os objetivos e ações deles para ver se de fato eles estão falando sério!

Consultores irão buscar controle de seu próprio destino. Isso vem com responsabilidade e prestação de contas.

Você quer estar no controle do seu destino ou está feliz com que decisões tomadas por pessoas que você não conhece podem ter um impacto significativo em você – sem nenhuma preocupação desse impacto? A vasta maioria das pessoas dirão que querem esse controle, mas poucos de fato aceitam o que isso significa em termos de responsabilidade e prestação de contas. Você está disposto a isso?

Faça o correto.

A pressão sobre o tempo cresceu – papelada/conformidades etc. Veja as coisas que você faz e entenda o valor delas. Tenha certeza de que você gastou seu tempo fazendo as coisas que têm o maior impacto. Encontre jeitos eficientes de fazer todo o resto. Tempo é um recurso precioso, particularmente para um empreendedor de sucesso. Então use-o bem.

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Como eu crio valor? Poder do valor sobre a receita.

Quando começamos nossa vida profissional, queremos gerar receita. O problema da receita é que a gente gasta! Isso significa que 10 anos depois a gente tem algumas coisas, podemos ter ganho conhecimento e experiências de vida, mas o dinheiro foi embora. E provavelmente a vontade de ganhar mais dinheiro aumentou. Criando valor, onde o que você fez continue gerando receita recorrente, sendo o que realmente gera segurança e riqueza. Cada vez mais consultores estão entendendo isso.

Status & Oportunidade

Nos anos de 1980 existiam na Inglaterra mais de 250.000 consultores – hoje por volta de 25.000 – mas tudo bem também porque a maioria não era muito boa! Uma proporção bem maior hoje é muito competente e o que vem com isso é mais valor para a profissão – isso é bom! Então busque trabalhar em aumentar o seu status pessoal e se diferenciar do resto.

Na Inglaterra a gente tem 60 milhões de pessoas e provavelmente um mercado financeiro bem mais maduro, aqui no Brasil o céu é o limite!

Eu quero fechar esse talk com algo que eu vi ter um impacto gigante no Reino Unido.

O que você faz? Ou mais precisamente, como você descreve o que você faz? Talvez seja uma coisa britânica (mas eu sei que é assim nos EUA também) mas as pessoas tendem a levar muito a sério seus títulos. Isso não serve para nada. O futuro para todo mundo nesse negócio é explicar para clientes em potencial (leia-se: todo mundo) o resultado que ele terá trabalhando com você. Deixa eu dar alguns exemplos:

“Eu trabalho num negócio que ajuda pessoas bem-sucedidas a ficarem tranquilas e excitadas sobre seu futuro financeiro”.

“Eu permito indivíduos a tomarem decisões estratégicas que são cruciais para seu futuro, bem-estar e tranquilidade de espírito”.

“Eu crio relações que são reconhecidas pelos nossos clientes porque contribui para a segurança financeira da família”.

“Eu trabalho com meus clientes para trazer opções para suas vidas”.

Isso é mais significativo para o cliente em potencial e ajuda a criar o seu próprio pensamento sobre o por que você está lá. Apenas lembre-se: tem que ser de verdade!

Para resumir o que eu acho do futuro do planejador financeiro:

Conselhos robóticos têm um lugar, mas não vão nunca substituir o humano. Pelo que consigo enxergar as pessoas sempre estarão dispostas a pagar o custo adicional que vem junto com uma relação pessoal.

Relações com os clientes e apreciação do valor dessas relações serão cada vez mais um fator do sucesso.

Consultores se beneficiarão de um controle pessoal maior, e vão ter que aceitar a responsabilidade que vem junto com isso. Eles vão precisar alinhar-se com organizações que genuinamente os apoie e que tenham benefícios mútuos.

Consultores vão querer ver seu valor refletido de forma diferente – menos foco em retorno de curto prazo e maior ênfase em criar uma riqueza pessoal ao longo do tempo.

De maneira geral existe uma grande oportunidade para as pessoas que estão dispostas a trabalhar duro e fazer acontecer.