A bolsa caiu 10% em um mês! E agora?

13 de junho de 2018 | Imprensa

Imagem - Fiduc

Muitas pessoas, ao verem as notícias sobre os movimentos de mercado e, principalmente, os extratos de seus investimentos, ficam nervosas e agitadas em uma espécie de pânico com relação às suas finanças. Tenho clientes que me procuram e mostram sua vontade de migrar para investimentos menos voláteis, já que “perderam X mil Reais” nos últimos dias.

O que fazer então nesse cenário pré-apocalíptico? Minha melhor resposta – Nada!

Na verdade, só perde dinheiro efetivamente quem realiza a venda nesse momento de stress, ou seja, assume a perda e deixa passar a oportunidade do “repique” do mercado. Ele virá e o investidor agora estará com menos dinheiro, investido em algo menos volátil e que, portanto, não subirá de forma tão intensa. Isso torna quase impossível a recuperação daquele dinheiro que o investidor escolheu perder. A melhor ajuda que um consultor pode oferecer é impedir que o investidor tome decisões equivocadas em momentos de emoção e de pouca razão.

O que as pessoas precisam de verdade não é de um novo investimento, mas sim de alguém que explique o funcionamento do mercado e, mais do que isso, o funcionamento de nossa mente ao tomarmos decisões de investimento em momentos de euforia ou de estresse.

Ao iniciar a construção de uma carteira de investimentos é fundamental que se analise o perfil de risco do investidor, que indicará sua maior ou menor tolerância a essas oscilações de mercado. Um grande problema aqui é alguém assumir mais risco do que suporta porque existe uma coisa certa: os mercados irão oscilar. Assim, se alguém investiu seus recursos aceitando um nível de volatilidade maior do que realmente deveria, nos momentos de oscilação, como o que vivemos hoje, estará mais propenso a mudar de perfil de risco, vendendo os investimentos e migrando para opções menos voláteis.

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Afinal de contas, ao perder dinheiro em alguma coisa, o instinto nos diz para correr dali não é mesmo? Veja se os momentos descritos abaixo parecem familiares:

·        Quando o mercado está bem – subindo – você recebe diversas ofertas de investimentos incríveis, cuja maior atratividade não é a estratégia ou a equipe de gestão, mas sim sua rentabilidade nos últimos X meses. Daí você pensa: Todo mundo está se dando bem, menos eu – não posso ficar de fora. Aí compra o investimento.

·        Quando o mercado está mal – caindo – você recebe seus extratos, olha as notícias e chega na conclusão que tem que sair correndo de lá. Afinal, todo mundo está correndo e eu não posso ficar por último perdendo sozinho.

O modelo de pensamento de meu colega americano Carl Richards, autor no best-seller The Behavior Gap©, que explica de forma rápida, o que acontece em nossa mente e, mais do que isso, quais são os resultados de agirmos por impulso.

A linha azul é o movimento do mercado que sabemos que oscila – só não sabemos com certeza quando ou em que direção.

O que fazemos é comprar os investimentos depois que eles subiram e vender depois que eles caíram. Ou seja, compramos caro e vendemos barato. Essa é a receita certa para perder dinheiro.

Assim, se esse obviamente não é o caminho, como fazer?

O melhor a fazer, não só nesses momentos, mas sempre, é ter pessoas de confiança, que sejam capacitadas e tenham alinhamento de interesses com o cliente, para aconselhá-lo em suas decisões de vida e fazer (ou acompanhar) a gestão de investimentos originalmente definida para seus objetivos e perfil de risco.

Com relação aos investimentos, eles devem ser revistos periodicamente, mas isso não deve significar, de forma nenhuma, vende-los porque o mercado está caindo nem comprá-los porque o mercado está subindo.

Para a gestão de seus investimentos, da mesma forma que para os outros assuntos da vida, tomar decisões importantes em momentos nos quais estamos de cabeça quente não costuma trazer bons resultados.

Converse com as pessoas de confiança que te aconselham e tome melhores decisões, mesmo quando essas decisões resultam em não fazer nada.