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17 de dezembro de 2021 | Imprensa

Imagem - Fiduc

Rio Bravo vai liderar comitê de investimento da Fiduc

Gestora de Gustavo Franco e Paulo Bilyk traz experiência em gestão de patrimônio para os R$ 500 milhões de clientes de varejo

A startup de planejamento financeiro Fiduc acaba de fechar com a Rio Bravo a liderança de seu comitê de investimentos. A casa fundada por Pedro Guimarães, que já assessora as aplicações de R$ 500 milhões de investidores individuais, traz a gestora de Gustavo Franco e Paulo Bilyk para o comando do time de especialistas responsáveis pela seleção dos ativos de renda fixa, variável e previdência

A Rio Bravo vai colocar a experiência de mais de duas décadas da equipe em gestão de patrimônio de alta renda e institucionais num negócio essencialmente de varejo, com boa parte dos cerca de 3 mil clientes iniciantes no universo de investimentos. “Já tínhamos um comitê de investimento interno e agora trazemos gente com mais expertise nessa gestão de longo prazo”, diz Guimarães, que na fase de estruturação da Fiduc, em 2017, fez um pitch para Franco e Bilyk para testar o business plan.

A Fiduc foi criada com inspiração na britânica Saint James Place, com a proposta de ampliar ao pequeno investidor a gestão de patrimônio profissional. A companhia tem quase 300 planejadores parceiros e quer dobrar essa rede no ano que vem – chegando também a R$ 1 bilhão em ativos geridos.

Para o fundador, a entrada da Rio Bravo pode ajudar a engatar esse crescimento. “Temos hoje dois grandes focos estratégicos para o negócio, que é tecnologia e construção de marca. Tecnologia é uma variável que a gente controla e estamos investindo para isso, e na construção de marca achamos que nos associar a um nome experiente como a Rio Bravo é mais efetivo do que o caminho mais comum”, diz Guimarães, fazendo referência às pesadas campanhas de marketing de plataformas financeiras.

Para a Rio Bravo, apesar de se tratar de um outro universo de investidores, o alinhamento de longo prazo e uma convergência à assessoria financeira trazem alguma similaridade aos segmentos. “O varejo tem se aproximado do modelo da alta renda no sentido de ter um profissional na orientação de investimentos. Momentos de volatilidade como o atual e como pode ser 2022 são uma grande oportunidade para a Fiduc”, considera Daniel Sandoval, head de clientes e soluções de investimento da Rio Bravo.

“A pessoa física tem menos excesso de caixa e menos acesso a informações qualificadas para esses momentos de mudanças bruscas de preços de ativos, e a gente consegue ajudar nisso. É o cara que está muito acima do bolsa família, mas abaixo de quem tem posição em dólar defendendo carteira”, emenda Guimarães.

Ainda que isso não esteja nos planos agora, eventualmente a Fiduc pode indicar aplicação em fundos da Rio Bravo, se a casa abrir tíquetes menores no futuro, num modelo com devolução de rebate aos investidores. A Rio Bravo tem R$ 13 bilhões sob gestão.